O blog

No blog Nossa Bibliotequinha reúno histórias infantis para serem trabalhadas com as crianças em sala de aula, em casa ou em projetos pedagógicos. As histórias contidas no blog foram coletadas na internet (como domínio público) e reunidas a fim de facilitar o uso diário de profissionais da educação e pais ou responsáveis pelas crianças. Estou completamente aberta à sugestões e críticas CONSTRUTIVAS. Se for encontrado no blog qualquer erro de ortografia, irregularidades ou histórias que estão em desacordo com os direitos autorais, peço que entrem em contato comigo para que eu possa imediatamente corrigir, ou excluir a postagem. Torço para que este blog seja uma ótima ferramenta de trabalho para todos.

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28 dezembro 2014

O caso das bananas



  Ao acordar, de manhã, o macaco deu pela falta do seu cacho de bananas.

    Procura aqui, procura ali e nada... Algum espertinho levara tudo.

    - FUI ROUBADO!

     A mata ficou agitada com a notícia. E logo, Dona Coruja, investigadora das mais afamadas, aceitou o novo caso.

CORUJA - Caro Macaco, para começar do começo, melhor a vítima. Primeiro diga-me: Há algum suspeito?

MACACO - Dona Coruja, abomino o preconceito, mas... Soube de um bicho estranho que veio de muito longe. Não é, pois destas bandas. Não duvido que tenha escondido as bananas na bolsa que trazia na barriga.

CORUJA - Hum!!! Tem caroço nesse angu, vamos então ouvir o...

CANGURU - Essa história já conheço. Só por ser um estrangeiro já viro logo suspeito. Pois digo, digo e repito: nesta mata há um tipo ainda mais esquisito, com um rabo bem fornido tal e qual uma lagartixa multiplicada por quatro.

CORUJA – Ora, agora eu me acho. É hora de interrogar o...

LAGARTO – Dona Coruja, eu não tenho nada com o pato. Mas... Tenho um palpite: quem tapeou o macaco vive muito bem na mata, com seu porte de madame e com seu casaco de pintas.

CORUJA – Palpite não conta. Mas não custa ir até a...

ONÇA – Dona coruja tenho cara de malvada, pois quando fico brava... Viro mesmo uma onça. Mas no fundo sou boa-praça. Não quero atirar pedra na vidraça do vizinho. Pense, pense um pouquinho: que bicho aqui desta mata poderia comer tantas bananas sem ficar engasgado? Só mesmo com um pescoço comprido, comprido como um gargalo... Um gargalo de garrafa.

CORUJA – Um gargalo de garrafa? Pois vamos até a...

GIRAFA – Das bananas nem sabia. Juro! Mas o maroto que as levou deve ser muito ladino, com um rabo bem peludo e bigode no focinho.

CORUJA – Ora, ora! Não posso perder a pose. Quero escutar sem muita prosa a...

RAPOSA – Minha cara Coruja sou famosa pela astúcia, mas... Meu negócio são galinhas. Vez ou outra umas uvas. E vou lhe dar umas dicas: pra mim o malandrão é o tal que ostenta uma juba e nunca, nunca perde a majestade.

CORUJA – Pelo sim, pelo não, vamos saber o que diz o...

LEÃO – só lambo o beiço por carne. Bananas? Arre! Nem de graça. Nós os gatos grandes ou pequenos, não nos damos com fruta nem mato. Pra resolver logo o caso, preste atenção na charada: Quem pode subir em árvores embora não tenha patas?

CORUJA – Como é duro o ofício! Porém, mãos à obra, é ora de ouvir a...

COBRA – Dona Coruja ouça: Tudo sobra pra cobra em dobro. Dizem que sou uma víbora. Mas no caso das bananas, creia, sou inocente. Sem querer ser venenosa, achar o larápio é fácil, com sua roupa listrada.

CORUJA – É preciso dar ouvidos a todos de “A” à “Z”. Pois então vamos até a... ZEBRA – No dia dos fatos eu estava fora a visitar o cavalo, que é meu contra parente. Mas pra mim está óbvio: Quem mais poderia agarrar o cacho de bananas sem ter uma grande tromba?

CORUJA – É hora de seguir adiante e conversar com o...

ELEFANTE – Dona Coruja, pouco uso minha tromba de uns tempos pra cá, pois ando só resfriado. Se quiser saber de tudo, consulte quem tudo viu e tudo vê lá do alto.

CORUJA – Agora a porca torce o rabo. Já me vou por ali pra encontrar...

BEM-TE-VI – Vi sim. E vi muito bem o Macaco acordar esfomeado no meio da madrugada. E comer uma, duas e até três bananas de uma única vez, até acabar com o cacho. Mais coitado, não sabia, pois enquanto comia, roncava.


CORUJA – O mistério chega ao fim sem muito pano pra manga. O meu compadre guloso pasmem... É ....SONÂMBULO

(Milton Célio de Oliveira Filho)