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No blog Nossa Bibliotequinha reúno histórias infantis para serem trabalhadas com as crianças em sala de aula, em casa ou em projetos pedagógicos. As histórias contidas no blog foram coletadas na internet (como domínio público) e reunidas a fim de facilitar o uso diário de profissionais da educação e pais ou responsáveis pelas crianças. Estou completamente aberta à sugestões e críticas CONSTRUTIVAS. Se for encontrado no blog qualquer erro de ortografia, irregularidades ou histórias que estão em desacordo com os direitos autorais, peço que entrem em contato comigo para que eu possa imediatamente corrigir, ou excluir a postagem. Torço para que este blog seja uma ótima ferramenta de trabalho para todos.

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03 julho 2014

O porco-espinho e a lebre



Numa clareira, junto a um campo de trigo, vivia uma família de porcos-espinhos e uma lebre.
Numa bela manhã de sol, um porco-espinho saiu para dar um passeio no seu campo de nabos. A lebre, sua vizinha, teve a mesma ideia e saiu para vigiar o seu campo de reponhos.
“Bom dia!”, disse o porco-espinho à lebre.
“Bom dia, também para ti!”, respondeu-lhe a lebre.
“O que vais fazer hoje?”
“Quero dar um passeio”, respondeu-lhe o porco-espinho.
“Um passeio!?”, repete a lebre com voz de gozo.
“Com essas pernas curtas e tortas, acho que não vais muito longe!
O porco-espinho ficou muito ofendido. Não suportava que fizessem pouco dele e muito menos uma lebre presunçosa!
Decidiu então vingar-se e lançou-lhe um desafio.
“Vem comigo ao cimo daquela colina”, propôs à lebre.
“Vamos ver quem chega primeiro ao vale. Já vais ver para que servem as minhas pernas!”
“Muito bem!”, respondeu a lebre. “Se queres fazer má figura, está à vontade… mas qual é o prémio para o primeiro lugar?”
“Uma moeda de ouro e uma garrafa de brandy”, respondeu o porco-espinho. Combinaram encontrar-se meia hora depois no alto da colina.
O porco-espinho tinha um plano, mas precisava da ajuda da sua mulher. “Tenho que fazer uma corrida com a lebre e tu vais ajudar-me a vencê-la!”
“Mas como?”, perguntou a mulher preocupada.
“Só tens de ficar parada na meta e esperar pela lebre. Quando ela chegar, dirás: eu já cheguei!”
A lebre apresentou-se no local da partida à hora combinada.
Três, dois, um, Partida! E a corrida começou.
O porco-espinho andou alguns metros e depois escondeu-se atrás de um arbusto. Quando a lebre chegou ao vale encontrou a senhora porco-espinho, que lhe disse: “Eu já cá estou!”
Na verdade, o porco-espinho e a sua mulher não eram propriamente iguais. Ela era muito mais bonitinha. Mas só outro porco-espinho, ou uma lebre muito atenta, saberia notar a diferença. Mas para aquela lebre presunçosa os porcos-espinhos eram todos iguais, por isso não percebeu que tinha sido enganada.
A lebre, no entanto, não conseguia acreditar que o seu vizinho tivesse chegado primeiro. Por isso, pediu a desforra. E de novo, quando chegou ao vale, ouviu a senhora porco-espinho gritar: “Já estou aqui!”
A lebre presunçosa não aceitava a derrota e quis tentar vezes sem conta, perdendo sempre. Até que, à septuagésima quarta vez, desistiu a meio do percurso.
O porco-espinho pegou na sua moeda de ouro e na garrafa de brandy e voltou para casa todo contente com a sua mulher.

“Aquela lebre insolente”, disse o poco-espinho, “teve a lição que merecia.”