A
Lulu estava muito contente naquele dia.
É
que era o dia do aniversário dela.
Quando
ela chegou da escola já encontrou a mamãe preparando a festa.
O
bolo já estava pronto, os brigadeiros, as balas e os pirulitos.
O
papai estava enchendo as bolas e a tia Mari estava botando a mesa na sala.
Todos
almoçaram na cozinha para não atrapalhar as arrumações.
Então
Lulu tomou banho e vestiu sua roupa nova, que a mamãe tinha comprado para ela.
E se arrumou toda e a mamãe botou nela um pouquinho de água de colônia.
O
primeiro convidado que chegou foi o priminho da Lulu, o Miguel.
Depois
chegou a Taís, o Arthur e o Caiã e todos os colegas do colégio.
E
ficaram todos brincando no jardim.
Aí
todos entraram para abrir os presentes.
Depois
foram soprar as velinhas e cantar parabéns.
Lulu
gostou de todos os presentes, mas o que ela mais gostou foi da caixa grande de
lápis de cor que se abria feito uma sanfona e que tinha todas, mas todas as
cores, mesmo.
Depois
que todos foram embora a Lulu foi dormir e ela até botou a caixa de lápis de
cor do lado da caminha dela.
Então,
logo de manhã, a Lulu já se sentou na mesa da sala, pegou o bloco grande de
desenho e começou a fazer um desenho bem bonito, com seus novos lápis. Aí
chegou o Miguel, que veio passar o dia com ela.
Ele
se sentou junto da Lulu e disse que também queria desenhar.
Mas
Lulu não quis nem por nada emprestar os lápis a ele.
- Os
meus lápis de cor são só meus! – ela disse.
A
mãe de Lulu ficou zangada:
-
Que é isso, minha filha? Os dois podem desenhar muito bem. Empreste os lápis
para o seu primo!
Mas
o Miguel já estava enjoado dessa conversa, e foi para fora andar de bicicleta.
A
Lulu desenhou casinhas e desenhou bonecas e desenhou um pato e um elefante. E
pintou todos os desenhos com seus lápis novos e mostrou para a mamãe. Mamãe
disse que estavam todos ótimos, mas que ela guardasse os desenhos e os lápis
que ela precisava preparar a mesa para o almoço.
A
Lulu juntou todos os lápis, mas, em vez de guardar na caixa, que é o melhor
jeito para se guardar lápis, ela botou os lápis em cima do bloco e foi para o
quarto, equilibrando tudo.
Ela
foi subindo as escadas, subindo as escadas, até que já estava chegando lá em
cima, quando ela perdeu o equilíbrio e deixou os lápis caírem todos escada
abaixo. Os lápis rolaram pela escada e foram batendo, batendo, batendo nos
degraus.
A
Lulu desceu as escadas e viu que todas as pontas dos lápis estavam quebradas.
Então ela começou a chorar, que os lápis estavam estragados e que nunca mais
ela ia poder desenhar. O Miguel, que estava brincando lá fora, veio correndo
apara ver o que tinha acontecido.
Então
ele disse à Lulu:
-
Não chore não, Lulu, eu vou buscar meu apontador lá em casa e eu aponto todos
os seus lápis. E ele foi e logo ele chegou com o apontador.
O
Miguel apontou todos os lápis da Lulu.
Então
a Lulu convidou:
-
Miguel, você não quer desenhar comigo?
E o
Miguel veio e eles fizeram uma porção de desenhos, e o Miguel ensinou a Lulu a
fazer um automóvel e a Lulu ensinou o Miguel a fazer um elefante. Aí o Miguel
ensinou a Lulu a fazer um foguete que voava direitinho. E a Lulu ensinou o
Miguel a recostar umas bonecas engraçadas.
E a
Lulu se divertiu muito mais do que quando ela ficava desenhando sozinha...
(Autora: Ruth Rocha)
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